terça-feira, 2 de outubro de 2012

A cor da natureza: Fauna brasileira em EXTINÇÃO

 Hoje trago a vocês imagens dos mais coloridos animais de nossa fauna, mas não é só isso, todos estão ameaçado de extinção, é, o caso é sério!
 Não trago apenas para vocês conhecerem mais um pouco do meio animal mas sim/também para os conscientizar sobre o que está acontecendo com nossa biodiversidade, o que estamos prestes a perder se não preservarmos o que ainda nos resta. 

Pica-pau-de-cara-amarela (Dryocopus galeatus) 




Classe: Aves



Ordem: Piciformes

Família: Picidae

Nome científico: Dryocopus galeatus

Nome vulgar: Pica-pau-de-cara-amarela

Categoria: Ameaçada

Características: Partes inferiores transversalmente farciadas tendo, face e garganta creme-claras ou cor-de-canela, região auricular vermiculata dorso anterior negro; Conhecemos poucos registros recentes deste belo pica-pau; Em 1946 foi encontrado em SC (Trombudo Alto), na década de 50 no PR (Porto Carmargo, 1954) e na década de 70 na Argentina (Prissiones). Chamado também de Ceophloeus.

Comprimento: 29cm.

Ocorrência Geográfica: De SP ao RS. Habita a mata de baixada (RS) e de regiões serranas (PR).

Categoria/Critério: Ameaçada de extinção; Espécie rara que teve seus últimos registros para o Brasil assinalados na década de 40, em SC, e na de 50, no Paraná.



Arara-cinza-azulada (Anodorhynchus glaucus)



Classe: Aves


Ordem: Psittaciformes

Família: Psittacidae

Nome científico: Anodoryhynchus glauus

Nome vulgar: Arara-cinza-azulada

Características: Menor das Araras-azuis (sem contar com a ararinha-azul) com bico muito grande e grosso. Abaixo da barbela existe a mesma disposição de penas orientadas para frente, ocultando uma faixa amarela estreita que desce pela borda lateral da mandíbula. A plumagem é ainda mais clara do que a A. leari; cabeça, pescoço, costas, asas, cauda e barriga são de azul desbotado esverdeado; a garganta é anegrada. Como todo psittacídeo, constroem seus ninhos em ocos de árvores.

Alimentação: frutas, grãos, frutos das palmeiras e insetos.

Retriz central: 39,5 cm. Consta que a tripulação do antropólogo. A D'Orbigny, navegando ali o Paraná em 1837, utilizou-se da carne desta Arara ("tão coriácea que não pode comê-la", D'Orbigny, 1835/38), espécie quiçá hoje extinta naquela região; não achamos um registro desta Arara na parte brasileira do rio Paraná. Contudo uma comunicação de F. Sellow (ex. Stresemann, 1948) diz que em dezembro/janeiro de 1823-1824 uma Arara-azul nidificou em paredões perto de Caçapava (RS). Não existem exemplares em cativeiro.

Comprimento: 68 cm.

Ocorrência Geográfica: Vivia nas baixadas com palmeiras (tucum, mucujá), margem de rio, escavava seus ninhos nos barrancos do rio Paraguai, nidificando também em ocos de árvore. No começo do século passado era comum ao longo do rio Paraná, perto dos Corrientes, Argentina; Região sul do Brasil ao longo do rio Paraná. No nordeste da Argentina, já no final do século passado era considerada muito rara.
Habita a caatinga e o cerrado.


Ararinha-azul (Cyanopsitta spixii)

                              



Classe: Aves

Ordem: Psittaciformes


Família: Psittacidae


Nome científico: Cyanopsitta spixii


Nome vulgar: Ararinha-azul


Categoria: Extinta


Características: Toda azul, lados da cabeça acinzentados, bico negro franzino, provido de grande dente na maxila. Ìris parda-amarelada. Cabeça azul-clara, bochechas cinéreo claras. Durante o vôo parece quase negra, não há o menor vestígio de verde em toda plumagem. Gostam de empoleirar-se sobre as pontas dos galhos secos. Realizam migrações locais, quando freqüenta também buritizais. A espécie fazia ninhos em grandes buracos nos troncos de árvores, principalmente em caraibeiras.


Alimentação: Pinhão, frutos e sementes (Jatropha mollissima).


Asa: 295 mm - Cauda: 355 mm - Bico: 33 mm - Tarso: 26 mm.


Reprodução: setembro. Estima-se que os jovens comecem a sair do ninho aos 4 meses.


Comprimento: Mede 56 cm da cabeça à ponta da cauda.


Ocorrência Geográfica: Habitat natural é a caatinga seca e florestas ciliares abertas de pequenos afluentes temporários do Rio São Francisco. Ocorria no extremo norte da Bahia, ao sul do Rio São Francisco, na região de Juazeiro. Atualmente, porém, resta um único exemplar conhecido na natureza (um macho) e cerca de 20 em cativeiro. Desde o início da década de 90 há um projeto para a localização de outros indivíduos e a recuperação da espécie pela reintrodução na natureza daqueles atualmente em cativeiro. Entretanto, a tentativa de acasalamento do macho em liberdade com uma fêmea nascida em cativeiro, feita recentemente, não obteve sucesso. Semiárido. Também é encontrada no sul do Piauí e no oeste de Pernambuco.


Categoria/Critério: Rara. Captura ilegal pelos traficantes e do comércio clandestino. Intensa degradação do seu hábitat.


Observações adicionais: A espécie está praticamente extinta na natureza, situação provocada pelo comércio ilegal de aves rara, sobretudo para o exterior. É considerada a ave mais rara do mundo. Atualmente existe apenas um representante em liberdade, encontrando-se na Bahia, mais precisamente na cidade de Curaçá (a 600 km de Salvador), em meio ao sertão.


Mico-leão-dourado (Leontopithecus rosalia)



Classe: Mammalia

Ordem: Primates

Família: Callitrrichidae

Nome científico: Leontopithecus rosalia

Nome vulgar: Mico-leão-dourado

Categoria: Em perigo

Características: Primata de pequeno porte que vive em grupos familiares. À noite abriga-se em buracos das árvores, anteriormente feitos por outros animais como o pica-pau etc. Come frutos, moluscos, insetos e pequenos vertebrados. Ocorre na região litorânea próximo as serras no estado do Rio de Janeiro, entre 500 e 1.000 m de altitude. Animais nascidos em cativeiro estão sendo reintroduzidos na Reserva Biológica de Poço das Antas onde pesquisadores estudam seu comportamento. Este raríssimo primata possui pelagem cor de fogo e uma juba em torno da cabeça, o que deu origem à sua denominação. Seus pêlos são sedosos, e ao sol adquirem um belíssimo brilho. O Mico-leão habita florestas onde existem cipós e bromélias. O recém-nascido não passa mais que quatro dias pendurado ao ventre materno, depois disso é o pai quem o carrega. A mãe só se aproxima para amamentar. Ela estende os braços e o pai lhe entrega o filhote que mama durante uns quinze minutos. Mesmo nessa hora o pequeno não gosta que o pai se distancie. 

Gestação: 4 a 5 meses, gerando 2 filhotes na natureza e de 1 a 3 filhotes em cativeiro. Época reprodutiva: Setembro a março

Peso: O adulto pesa entre 360 a 710g

Comprimento: Cabeça e corpo de 20 a 33cm, cauda de 31 a 40cm

Ocorrência Geográfica: Mata Atlântica no Estado do RJ

Categoria/Critério: Classificada em perigo pela IUCN(1978) e USDI(1980) apêndice 1 da CITES. A destruição das florestas e o comércio ilegal estão fazendo-o desaparecer.
Observações adicionais: Atualmente restam apenas dois locais de preservação deste animal: a Reserva Biológica de Poço das Antas e a Reserva Biológica União, ambas no município de Silva Jardim - RJ.


Onça Pintada (Panthera onça)


Classe: Mammalia

Ordem: Carnivora

Família: Felidae

Nome científico: Panthera onca

Nome vulgar: Onça-pintada

Categoria: Ameaçada

Características: De aparência robusta, com pernas relativamente curtas e cabeça arredondada, sua pelagem apresenta uma tonalidade amarela com manchas pretas em forma de roseta, com exceção da região ventral, que é branca. A Onça-pintada é limitada pelas latitudes elevadas. É dotado de grande força muscular, sendo a mordida considerada a maior dentre os felinos. A característica marcante dessa espécie é que ela não mia como os felinos. Emite uma série de roncos muito fortes que são chamados esturro. Suas presas naturais consistem de animais silvestres como catetos, capivaras, peixes, queixadas, jacarés, veados, tatus. No entanto, quando o número destes animais diminui, geralmente por alterações ambientais provocadas pelo homem, as Onças podem vir a se alimentar de animais domésticos e por esse motivo são perseguidos. Os machos e as fêmeas encontram-se apenas no período reprodutivo. São territorialistas. Consome grande variedade de animais. Não há uma estação reprodutiva definida. No Brasil foi registrado nascimento entre dezembro e maio, enquanto que em Belize foram registrados entre junho e agosto. A fêmea pode ter de dois a quatro filhotes, que nascem cegos e só abrem os olhos depois de 13 dias. Filhotes permanecem com a mãe até 2,5 anos de idade e a maturidade sexual é alcançada mais cedo pelas fêmeas (2 a 2,5 anos) - Machos estão sexualmente maduros entre três e quatro anos. Tem hábitos noturnos. Na Onça-pintada ocorre também o fenômeno do melanismo, comum aos leopardos asiáticos (pantera-negra) e outros felinos. A coloração amarela, neste caso, é substituída por uma pelagem preta ou quase preta. Dependendo da incidência da luz, percebe-se o mesmo tipo de manchas oceladas encontradas nas Onças comuns. O animal na forma melânica é chamado de Onça-preta e em tupi-guarani recebe o nome de Jaguará-pichuna. Pela sua raridade, a Onça-preta é animal que desperta grande procura por parte dos zoológicos de todo o mundo. Durante muito tempo quiseram alguns zoólogos classificar esse animal como uma nova espécie. Um grave erro, visto que a Onça-preta pode nascer no meio de uma ninhada de pintadas, bem como de um cruzamento de Onças-pretas pode nascer uma Onça-pintada. A Onça-preta ocorre com freqüência em regiões florestadas. É um animal de impressionante corpulência e agilidade.

Peso: Pesa 130 kg - podendo pesar 158 kg variando conforme localização geográfica.

Comprimento: Um macho adulto chega a medir da ponta à ponta da cauda 2,50m - Livro Vermelho pág. 113; comprimento pode variar entre 1,12m a 1,85m, e a cauda entre 0,45 m a 0,75m. As fêmeas são geralmente de 10 a 20 por cento menores que os machos.

Ocorrência Geográfica: O habitat utilizado, a Onça-pintada utiliza locais com densa cobertura vegetal, de preferência úmida, com matas de galeria, margens de rios e lagoas. Todos os Estados do Brasil. Habita preferencialmente o Pantanal e a Amazônia, onde a cobertura vegetal é farta e o acesso à água fácil.

Categoria/Critério: Ameaçados de extinção, destruição de hábitat; caça, perseguição, população pequenas, isoladas e em declínio.

Observações adicionais: Suas principais presas são veados, capivaras e porcos-do-mato.


Mico-leão-da-cara-dourada (leontopithecus chrysomalas)


Classe: Mammalia

Ordem: Primates

Família: Callithrichida

Nome científico: Leontopithecus chrysomelas

Nome vulgar: Mico-leão-da-cara-dourada

Categoria: Ameaçada

características: Tem a cor dourada apenas na face, nuca e dorso dianteiro, pelagem negra brilhante cobrindo todo o corpo. Pele do rosto, planta dos pés e mãos são pretas. Possui uma vasta juba o que originou seu nome. Alimenta-se de néctar, flores, seiva e alguns animais pequenos. É um animal com dieta frugívora - insetívora, sendo que os frutos compreendem mais de 70% de sua alimentação na primavera. Produzem dois filhotes após uma gestação de 126 a 134 dias. Os filhotes do parto anterior ajudam na criação dos seus irmãos. O período de vida é de aproximadamente 15 anos.

Peso: 600 gramas

Comprimento: Aproximadamente 26 cm (corpo) 37cm (cauda)

Ocorrência Geográfica: A espécie é exclusivamente brasileira, ocorre na Mata Atlântica do sul da Bahia, mais precisamente na Reserva de UNA.

Categoria/Critério: Espécie ameaçada de extinção contida na lista oficial do IBAMA. Apêndice I da CITES. O comércio ilegal e o desmatamento são as principais ameaças à espécie, a qual faz parte de um programa internacional para o manejo e recuperação das quatro espécies de Mico leão.

Tartaruga-de-couro (Dermochelys coriacea)



Classe: Reptilia

Ordem: Chelonia

Família: Chelonidae

Nome científico: dermochelys coriacea

Nome vulgar: Tartaruga-de-couro

Categoria: Ameaçada

É a maior de todas as Tartarugas marinhas, chega a atingir 2 metros de comprimento e mais de 500 kg de peso. As Tartarugas-de-couro passam a maior parte do seu ciclo de vida no alto mar, alimentando-se de organismos flutuantes tais como águas-vivas. Tem a capacidade de mergulhar a mais de 1000 metros de profundidade, provavelmente em busca de presas. Apenas se aproximam da costa para se reproduzir. A nidificação ocorre nos meses de Outono e Inverno. Estes corpulentos animais têm dificuldade de se deslocar na areia, por isso escavam o ninho pouco acima da linha da maré-alta. devido ao seu tamanho, os recém-nascidos escapam aos predadores mais pequenos. Os juvenis e os adultos podem ser atacados por tubarões e por orcas.

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Para quem deseja ver as postagens anteriores da série


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